Dificuldades…
Irrealismo histórico, excesso de egocentrismo político, falta de construção de parcerias sólidas com os locais; publicidade calcada em vaidades pessoais e, ou no culto a interesses privados; deficiência na leitura do ambiente ora sendo considerado; política do goela a baixo; ouvidoria pouco considerada; apadrinhamento de cargos e políticas públicas; vocabulário fantasioso e exagerado sobre as produções dita alcançadas, mas nunca vistas pela população não defensora do feudo posto, são algumas das dificuldades postas para o desenvolvimento do TURISMO  na região de Missões no extremo Sul do Brasil.

Outro fator negativo é a inércia.
A morosidade para dar início a novos processos e na tomada de decisão, por não terem embasamento dos novos projetos, mata a sua grande maioria já no primeiro estágio de desenvolvimento.
Um exemplo do que é aqui citado, poderá ser ilustrado com as várias, dispendiosas, frustradas iniciativas no setor aqui em São Miguel das Missões, tanto da iniciativa privada, quanto de iniciativa do poder político local, a saber:
-Projeto do Santo Protetor que “reuniria ônibus de turistas ao seu redor”, no que resultou?
-Projeto do Parque Industrial onde fora destinado a área, feito vários encaminhamentos, serviços de terraplanagem, no que resultou após anos de ter iniciado?
-Projeto do Mirante, do qual haveria uma obra de onde, o visitante mais próximo dos astros, de cima de um container, poderia ver melhor o firmamento. No que resultou?
-Projeto do Parque do Balonismo no município… No que deu?
-Projeto PAC Cidades Históricas que, por si só consumiu mais de R$ 4.1 milhões isso há quase uma década atrás, o que de tudo o que fora anunciado, como a criação de um novo CTG; a construção de uma Biblioteca com motivos missioneiro onde os cavalos poderiam desfilar sobre as mesmas; a construção de um farol que seria visto há quilômetros de distância, entre outros, no que deu?
-Praça da erva-mate onde na parte central seria disposta uma cuia de chimarrão e, rodeada por um erval e que a seca ou o mato acabou deixando até os bancos aí expostos ao tempo e aos poucos sendo diluídos pelo desuso;
-Projetos das Agroindústrias – Quanto dinheiro fora, sem qualquer proveito, um claro desastre e exemplo de má gestão, várias..
-Projetos privados e que envolveram cifras milionárias e que nem vamos citar aqui e os resultados para os investidores…
-Projetos envolvendo a construção de prédios chamados, Salões comunitários onde a maioria, seque em 50% de seu espaço ocupado uma vez por ano e a tendência é ainda piorar?
-Falta de Salas de Encontro adequadas no seio das comunidades onde à população possa se encontrar em várias delas…
-A falta de relação entre o que é gasto com o segmento Turismo e os resultados reais e diferenciados que este ESFORÇO da sociedade corresponde;
-Falta quase total de relação do segmento com as mídias locais e, portanto, da própria comunidade e daí a mazela no que se busca que é a capitalização do apoiado, mas de certa forma, sofrido setor?
-O centralismo na tomada de decisão, as tantas tentativas e suas produções, as ingenuidades dos gestores que são particularmente espetacularizadas por honrarias compradas por eles próprios e por mais ninguém…
-Como resultado o vínculo cada vez mais forte da sociedade, pela dependência motivada, como o setor político e a execração da crítica aí odiada e execrada às margens de sua geografia de poder.
-O desesperador esforço individualizado na tentativa de fazer o povo crer em narrativas de heroísmo nunca experimentados, achando que isso será garantia para um futuro profícuo e promissor para todos no futuro. Da onde?
-A certeza de que não haverá mudanças no meio citado, comprovado pela estagnação da população e a ida da maior parte dela, força ativa de trabalho e juventude, para outros povoados mais alargados de alternativas, menos indutores pelo volume dos destinos de cada um.
Estes, citamos, como alguns dos motivos que atravancam o desenvolvimento não só do nosso município – São Miguel das Missões -, mas da grande maioria dos outros, gaúchos e que tornam cada vez mais o nosso lindo Estado, um ambiente economicamente estagnado, o que poderia ser muito, mas muito diferente.

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