Compras no Paraguai

Minha primeira visita ao país vizinho e as imagens (poucas no celular) que trago de lá.

Convidado a visitar o Paraguai, tão logo tocamos a balsa que separa o Brasil da Argentina, nota-se claramente a falta de investimentos na região fronteiriça entre os dois maiores países latino-americano.
A beira rio – região de morros, à vista permitiria imagens deslumbrantes tendo em conta a presença do rio – o Uruguai.Porém, poucos prédios se erguem em meio a mata ainda preservada.
Passando do outro lado, até chegar a Foz do Iguaçu, vê se a grande plantação de pinus, um tanto mais reduzido de erva mate e, constata-se que a sobrevivência dá-se mais em função da exploração da madeira, para a fabrica de celulose a maioria e, a erva-mate, para o uso como chá.
Asfalto razoável, melhor que no Brasil, uma vez aprovado nas aduanas, chega-se em Foz na chamada Triplice Aliança onde, três países tem fronteiras inteligadas – Brasil, Paraguai e Argentina.
Em passando para o lado paraguaio, nota-se como ocorre em outras regiões fronteiriças onde o Brasil é um dos países, a opulência maior da parte brasileira.
O comércio que atrai a tantos brasileiros, no lado paraguaio:

O que vimos, buscamos separar em partes:
A – A parte dos trapos:
B – A parte pouco ou nem visitada.
C  – Os Shopings.

A primeira (A), dos trapos, onde em uma calçada totalmente irregular, pequenos comerciantes disputam espaço em uma calçada totalmente irregular, a chance de vender seus produtos aos transseuntes.
Mochilas, camisetas, meias (muitas meias), derivados de pvc, quinquilharias, relógios, acessórios de celulares, coisas do tipo e não tão variado a oferta como poderia se imaginar, tomam conta destes espaços “a céu aberto” e as galerias…
Quanto a segurança, pode-se dizer que daria inveja a cidades pequenas do Brasil. Já quanto aos produtos, aí, dá para se distinguir a “massa de lixo”, ou seja, uma certa quantidade de bugigangas que são empacotados carregados de defeitos não apontados, não mencionados e que o consumidor só irá se dar conta quando estiver distante daí.
Já a outra parte, toma conta roupas, calçados plásticos, a grande maioria de baixa qualidade e com preço justo ao que oferecem. Nada que possa se dizer que é .. barato.
Esta é a maior massa de produtos ai comercializado. Baixa qualidade.
Outro fator que chama a atenção é que tudo é fixado em dólar, aí. E, portanto, dá uma impressão de menor valor, embora ao ser convertido, aloque a uma situação diferente. Mas pouco se nota o efeito psicológico em prejuízo do comprador.

A grande clientela deste mercado são pessoas que compram não por necessidade ou convencimento, mas pelo puro ato de “comprar alguma coisa” que pareça barato ou que a levou a crer que aí as coisas “são baratas”.
A segunda (B) – A parte menos ou quase não visitada e que se localiza fora do bolsão da “porcariagem” e , onde o consumidor pode encontrar produtos de boa qualidade e a preços compensadores. Aí vai roupa de marca, pneus, calçados de boa qualidade…. mas tem que ser fora da rota ou distante da “carniceira” onde a quase totalidade dos turistas e pequenos comerciantes são depenados ou, seduzidos pelo desejo de compras.

A terceira opção (C), dos chamados Shopings … e que na verdade são, mas mais uma opção “a la china”. Ou seja, são produtos, a grande maioria simples, com alguns de origem americana intercalados no meio e que são oferecidos em espaço e prateleiras mais organizadas e bonitas.
Aí é que os “peladus” que vão para comprar lá na região dos trapos, mas que querem aparentar uma situação financeira melhor, também fazem aquisição pagando um valor até absurdo por quinquilharias tipo, leva, monta e nem usa.
Os preços também fixos em dólar, a maioria preço elevado a ponto de não ganhar de qualquer cidade brasileira.
Também tiram vantagem na produção psicológica que acabam oferecendo por se colocarem sobre o meio daquela balbúrdia de produtos, todos amontoados, levando a cegueira parcial da vítima que acaba seduzido pelo “oásis” no meio daquele deserto de ofertas, delicadas até, vindo de pessoas a maioria educados, bastante educados, que lutam para fazer o tão necessário dinheiro.
Com raras exceções – Shoping Nissei -, você se livra de produtos com predominância chinesa, e chega naqueles de origem mais capitalista.

Outra dificuldade é o trânsito, de poucas ou quase nem uma sinaleira, você se orienta pelo andar da carruagem. È uma balbúrdia. Mas se entendem na maioria das vezes.
Olho aberto nas calçadas, “para não se matar”, o estacionamento cobra um certo “Know how” para não sofrer, a alimentação, hotéis, banheiros, a contento, mas no geral, ir ao Paraguai para fazer compras, seja para consumo próprio ou revender, é algo que concluímos não valer a pena. Não mesmo.
Financeiramente, não vale a pena sob diversos aspectos quando se busca tão somente esta satisfação. E isso você verá quando retornar, somar as despesas, o cansaço, estresse, o tempo gasto e conferir de perto e com tempo a qualidade dos produtos. Deus me livre…. nestes tempos, não.

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