Arrastando desde Santo Ângelo, a audição que seria o primeiro governador a visitar São Miguel (o que não é verdadeiro), aqui ouve a tentativa de correção de que seria o primeiro a trazer recursos para o município (o que também não é verdadeiro).
Carregado de emoção, o prefeito Roberto se esvai em uma mensagem e também ao mesmo tempo um convite para amar: o governo do Estado, amar o agro, amar  São Miguel, que precisa de um pacto entre Assembléia Legislativa e governo para que esta primeira apoie o segundo (prática bastante em voga em São Miguel). Segundo Roberto, o papel da Assembléia, composta por um mar de deputados, deve sancionar o que for possível das decisões do ora governo. Sobre seu papel de fiscalizar, não menciona nada. Porque, “os tempos são outros” e, uma vez que temos um povo ávido por se desenvolver, por tal e por justo, temos que amar o (não dito), prefeito, ao governador. E, se assim não acontece, há de se perguntar, a punição pega?
O prefeito não menciona a intensidade e como se daria o termômetro que mediria este sentimento de amor entre povo e políticos, nem quem e de que forma seriam mensurados a cada instante para ver se está a sociedade em acordo com o que o político espera dele.
Sobre projetos ora encaminhados, Roberto menciona que estaria sendo entregue alguns e se mostra otimista uma vez que (finalmente) as Missões teria sido enquadrada no mapa do Turismo do Brasil, dando a entender que, para ele, para o seu entendimento, tal conquista significará muito para o povo da região. No mesmo ato menciona como outra grande conquista o cadastro do município junto a secretaria do Turismo do Estado, capacitando o município a receber os prometidos recursos que (não riam), agora começarão (depois de tantas décadas), aportar em maior número para cá. Mede agilidade…
Também o prefeito cita da não adequação de maior carga tributária,onerando os cofres dos municípios (engole que ele, Eduardo Leite aprovou aumento da carga tributária), fato ocultado pelo próprio governador.
Já o convite para amar, principalmente o Agro e o Turismo, entenderia-se que dá-se pelo seguinte motivo: O agro é sim a alavanca financeira do Brasil, mas não se menciona os custos sociais para tal conquista e que tal situação não é posta nem pela classe política, nem pelo próprio agro, mas pelo interesse especulativo internacional.
Quanto ao Turismo, já que o Brasil é um dos países mais mal colocados no ranking mundial no setor e que são justo eles, a classe política a que mais se beneficia na exploração do segmento, entende-se a sua defesa.

Já Eduardo Leite, disse que o seu governo fez um governo que oferece aos município recursos reais, ao contrário de outros seus colegas. E é verdade.
Mas Eduardo, sábio, não menciona as peripécias para que isso acontecesse e nem o que permitiu a ele fazer esta bondade. Diz e há quem duvide ser verdadeiro, que o Estado, agora, tem uma situação que permite, graças a seu governo, fazer estas bondades.
Estranho: uma vez que recentemente o próprio governador tem cobrado uma nova renegociação das dívidas do Estado que VOLTOU a crescer de forma ainda mais descontrolada. O que há e onde estão as verdades nisso tudo?
Também mencionou que por ocasião de sua visita recente ao Vaticano onde teria levado convite ao papa para vir rezar uma missa nas Missões, disse o governador que ele recebeu o convite com um sorriso no rosto; que foi amável e que o mesmo foi entregue a uma espécie de secretaria onde se encaminham os pedidos como os feitos pela população aqui, na prefeitura.

Sobre o asfalto que liga – de 4/5km que liga a BR 285 a SãoLourenço Mártir, sobre a ponte que ligaria o Brasil a Argentina e já elegeu e reelegeu vários prefeitos, nada foi mencionado. Sobre outros supostos pleitos da AMM, o povo estranho, a maioria de turistas, políticos e funcionários públicos e ou ligados ao evento – não mais do que 200 pessoas, nada se mencionou.
Também o governador, Eduardo Leite, disse “em Gramado, por ocasião de sua visita, disse que lá o Turismo já está consolidado. E que, AGORA, tem-se que voltar o olhar para as Missões, que ele tomou consciência que aqui tem elementos para alavancar outro foco de Turismo”, o que de certa forma  e outra vez, apavorou a pouco prestigiada midia local ao ouvir outra vez de autoridades fora a comunidade que São Miguel, há décadas estaria começando algo em relação ao turismo. Haja visto a explorada tarja que somos “Patrimônio CULTURAL da Humanidade”.
Muito bem lembrado, mas preocupante, a outra citação do prefeito local quando cita que “para preservarmos o título de Patrimônio”, coisa frequentemente ouvida aqui, da boca de nossos políticos. Sim, há medo disso, de que isso possa vir a ocorrer.
Se há razões, quais, exitem? porque não abrem para a população quais seriam estes motivos, teriam a ver com a contenção, a execração local com tudo o que diga respeito a palavra liberdade ou, teria alguma coisa a mais?

Eduardo Leite prometeu – candidato a candidato a cargo importante no futuro – que retornará para visitar município da região, a chamada, Capital Missioneira onde irá inaugurar uma ind… digo, uma … um museu. Tudo a ver com a trajetória de uma das regiões mais pacholas e pobres do Estado gaúcho.
Ao fazer referência a São Miguel, após citar a presença do namorado que o acompanha, o governador deixou cair uma certa frustração com o que viu ao citar seu sobrevoo sobre a área fechada do sítio jesuíta/guarani, apesar das referências tenues e elogiosas a respeito. Possivelmente pelo pouco apoderamento do grandiosidade – corrijo -, do grandiosismo aqui praticado e a ponto de criar até mentecaptos visionários de coisas nunca vividas e fora da casinha aqui em terras sem praticamente nem um mal.
Quanto a desgraça da retórica, que castram – no caso ele, o governo do Estado – nestas que eram para ser importantes ocasiões, de elogios nojentos por serem falsos, mentirosos e enganadores, perde o povo aí, desrepeitados, mas sufocados pela classe beneficiada e privilegiada nestas ditaduras disfarçadas de democracia nos cafundós da atrasada América Latina.
Momento de se hidratar o governo com verdades, culturalmente é usado para àquele mar de bajulações, informações volúveis que se esvai no primeiro momento após a separação. Deixando ao povo no velho entorpecimento cultuado pelo sistema de exploração secular, ódio a crítica, faraonismo X miséria, gratidão e pobreza, elogios e solidão.

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