Ficamos felizes quando sabemos do Aniversário de amigos, de todos ….
Mais felizes quando, na nossa ignorância sobre o fato, tão importante, vem nos visitar.
Ainda mais felizes se trouxerem a erva, a cuia, a bomba do mate e, a terma entupida de água para tomarmos juntos.
Mas o que nem se espera que é que apareça aquela criatura, boa de Deus e que venha nos brindar com a promessa – por exemplo -, de reduzirmos a “desgranida”, de saborearmos uma penosa tratada a “mio” e daquelas raízes que substituem o … “inhame”, não que no caso citado, já falte por lá, mas que a gente, já mais luxenta, tem passado a substituí-la pela mandioca, ou macaxeira como apelidaram os parentes do aniversariante, moradores migrantes lá pras bandas de Balsas, levados por um tal de Aristeu Boninni ainda quando na ida, na mala, servia de companhia para um lote de dedos de banana, pão feito no forno e uns pedaços de penosa enfarofada. Alimento para quase uma semana de ônibus dia e noite.
Agora, imaginem se o amigo é responsável não só por somar mais um tempo de experiência, a bondade de convidar para em sua casa, o dia que fosse desde que depois da colheita, nos convida para saborear daquela carne que come os presidentes e come o povo em sonho em períodos eleitorais, imaginem?.. Quanta bondade…..?
É um santo. Um homem assim é um santo. Melhor, Santo, com S maiúsculo.
Daí que, emocionados, com a abertura, da mão – coisa quase inédita em alguns corpos -, já entramos direto no jejum esperando que o soja dê e, a gente, claro, se ele não vender antes a morada que já antecipa estar nos planos e, vai lá e se forra?
A sorte (conta ele), que os parentes agora lá no Norte e que já nem comem só ou comem junto com o inhame e estas coisas do presidente, resolvem a cumprir a promessa de vir aqui e nos deixar sem carne, da boa?
Alertamos o Aniversariante, o Tonho (para os amigos fora do aniversário) ou, Ademir para os mesmos depois do dia da festa, para que em isso ocorra, reserve lá próximo ao açude os pés de inhame e duas penosas d’agua ai dos mercados para não nos privarem do ..fundamental.
Tonho, jurou que nem tem varado a noite já banhando elas, para dar mais volume e apartou as vacas do pés da praga que ainda resiste ao assédio dos lambarís. Que se aparecerem com as mãos secas, a ponto de deixar vazar água pelo vão dos dedos, só vão comer daquilo e, nós, que nem o defensor do agro e deles (acredito), só na picanha.
Parabéns, amigo e, Feliz Aniversário. E que dê a soja então….

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